Nada Será Como Antes (Milton Nascimento/Ronaldo Bastos) - O ARRANJO #46 (with english subtitles)
A música de Milton Nascimento e do Clube da Esquina conquistou admiradores no mundo inteiro, dentre esses alguns dos maiores músicos do planeta
Muitos desses músicos quando vinham ao Brasil pediam pra ser levados até o Clube da Esquina, ou ao Corner's Club
Quando chegavam no cruzamento das ruas Divinópolis e Paraisópolis, em Belo Horizonte tomavam um susto: ué, mas é só isso?
É, é só uma esquina qualquer, num bairro de classe média qualquer, essa Esquina não existe, é a Terceira margem do Rio, é um lugar muito mais subjetivo do que real
A chave para entender a música daqueles jovens cabeludos do início dos anos 1970 está em um verso do Fernando Brant: "Sou do mundo, sou Minas Gerais"
Capitaneados por Milton Nascimento, esses jovens gravaram em 1972 o disco duplo Clube da Esquina, um dos discos mais inovadores de música popular
Como dizia uma das músicas, nada ficou como antes
Eu sou Flávio Mendes, músico e arranjador, esse é O ARRANJO, seja bem vindo
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"Nada Será como Antes" é uma composição de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, gravada no álbum Clube da Esquina, de 1972
Antes dessa gravação a Elis Regina já tinha lançado a música, no seu histórico LP do mesmo ano, de 1972
"Nada será como antes" foi gravada pelo Milton só com músicos de base, não teve instrumentos de orquestra
Como todas as faixas do disco Clube da Esquina não havia um arranjador de base, todos os músicos davam palpites, e é essa a gravação que eu vou analisar
UM POUCO DE HISTÓRIA
A amizade do Milton Nascimento com a família Borges, filhos de Salomão e Maricota, começou no edifício Levy, no centro de Belo Horizonte
Milton morava em uma pensão no quarto andar, enquanto a numerosa e musical família dos Borges morava no décimo sétimo andar
Ele ficou tão de casa que foi adotado como o décimo segundo filho do casal
Milton logo montou um grupo com Marilton Borges, o mais velho dos filhos, e Wagner Tiso, seu amigo desde os tempos de Três Pontas
Mas foi com Marcio Borges que o Milton começou a compor, e chegaram a prometer que só fariam música um com o outro
Nessa época, Lô Borges, o irmão número seis, era uma criança de 10 anos que já tentava arranhar uns acordes no violão, mas ainda era uma criança
A promessa de parceria exclusiva com Marcio foi quebrada quando Milton pediu para Fernando Brant escrever a letra de Travessia,
a música que estourou em um festival e lançou o Milton como um artista nacional
Aliás, não só nacional, internacional:
ainda na época do festival, o arranjador Eumir Deodato intermediou com o importante produtor Creed Taylor a gravação de um disco nos Estados Unidos
Esse disco se chamou Courage, com arranjos do Eumir Deodato e a participação de grandes músicos de jazz como Herbie Hancock
De volta ao Brasil, com o prestígio em alta, foi contratado pela gravadora Odeon
e lançou um disco em que gravaria músicas de dois jovens mineiros que virariam seus parceiros musicais: Toninho Horta e Nelson Angelo
Milton tinha ficado no Rio de Janeiro desde o festival de Travessia, em 67, e já estava formando a sua turma de amigos músicos:
Robertinho Silva, Novelli, Naná Vasconcelos, Luiz Alves, Danilo Caymmi, só pra citar os não mineiros
No Rio ele conheceu também o poeta Ronaldo Bastos, que se tornaria um dos parceiros letristas mais importantes do Milton
Eles se conheceram em um bar de Botafogo, apresentados pelo baixista Novelli
"Ele falou assim, vamos tomar uma batida de limão, aí a gente tomou a batida de limão
e daquele dia acho que a gente virou a noite, foi pra não sei onde, foi pra não sei o que
Viraram amigos inseperáveis, mas pouco tempo depois Ronaldo ficou doente, ficou muito tempo de cama, com hepatite
Milton o visitava com muita frequência, e apresentava pra ele os amigos mineiros, que ele levava junto
"Aí chegava o Marcio, chegava o Fernando, mas eu não saía dali, eu ficava ali na cama
Eu conheci o Clube da Esquina, todo mundo fala isso, eu conheci o Clube da Esquina na cama"
A família Borges tinha saído do Edifício Levy e voltado para a casa deles na rua Divinópolis, no bairro de Santa Teresa, e numa tarde Milton apareceu sem avisar
A casa parecia estar vazia, quando ele viu Lô Borges, agora já um adolescente de 16 anos
O Milton falou, ô Lô, que coisa boa, vamos comigo ali num boteco, que eu vou pedir uma caipirinha pra mim e um guaraná pra você
"Aí eu cheguei pro cara do bar e falei uma caipirinbha pra mim, e ele falou, outra pra mim.
Aí eu olhei pra ele já ia dar bronca, mas quando eu olhei eu saquei que não era mais uma criança que estava ali"
Estimulado pelo álcool, Lô se abriu com o Milton
"Aí ele pegou e falou comigo, olha, eu adoro as coisas que vc faz, sou seu fã e tudo, mas eu tenho uma grande tristeza.
Eu falei, porque? É que vocês não gostam de mim. Eu falei, você tá louco? Eu sempre gostei!
Não, vocês saem de noite, vão pra lá e pra cá, vão pra tudo quanto é lugar, e nunca me chamaram pra nada que vocês fazem.
Aí eu falei assim, ô Lô, você vai me desculpar, mas eu só vim a descobrir que você não era mais criança quando você pediu a caipirinha"
Lô falou que estava começando a fazer umas músicas e tal, e o Milton disse: vamos voltar pra sua casa, quero ver o que você está fazendo
Lô, que fazia aulas de harmonia com Toninho Horta, tocou uma sequência de acordes que ele vinha tocando insistentemente há dias
"Aí eu peguei um outro violão e comecei a fazer um solo. E ficamos, o tempo passando e nós ficando.
Aí teve uma hora que eu abri o olho assim, tava o Marcinho Borges no chão escrevendo uma letra em cima da música que a gente tava fazendo"
Mas não eram só os três ali, os pais do Lô e do Marcio também estavam acompanhando o nascimento da primeira parceria entre eles
"Marcinho escreveu aquilo ali às pressas. Houve um detalhe: a luz apagou, acabou a energia elétrica, tiveram que acender uma vela e então alguém segurou a vela.
O Marcinho terminou de escrever à luz de vela, a Maria segurando a vela, Maricota segurando a vela e o Marcinho escrevendo
Então foi assim que começou o negócio do Clube da Esquina, ali na hora mesmo colocaram o nome: Clube da Esquina"
Milton já tinha 3 discos lancados mas não tinha uma banda, nem mesmo um show pronto,
e isso mudou quando apareceram dois irmãos, José e Maria Mynssen que viraram os empresários e produtores do Milton
O primeiro projeto foi uma temporada no Teatro Opinião, em copacabana, e a banda era: Wagner Tiso, Luis Alves, Robertinho Silva, Laudir de Oliveira, Tavito e Zé Rodrix
Os produtores resolveram dar um nome pra banda, e o show se chamou: "Milton Nascimento... Ah! e o Som Imaginário"
As temporadas que o Milton fez com o Som Imaginário foram muito importante para a sonoridade do disco dele de 1970
Esse disco rompe com a sonoridade dos primeiros discos do Milton, muito próxima da bossa nova e dos primeiros anos de MPB
Nesse disco a pegada é mais roqueira, pesada, mas mantendo o trabalho harmônico, os acordes, tudo muito elaborado
Milton gravou basicamente as músicas que eles tocavam no show, eles já tinham tocado as músicas muitas vezes, o que deixou o disco com o som bem azeitado
Nesse disco Milton gravou 3 músicas do Lô, nada menos que um terço do disco: "Clube da Esquina", "Alunar" e a clássica "Para Lennon e McCartney"
Para o disco seguinte os planos eram audaciosos: Milton queria fazer um disco duplo, e seria o primeiro disco duplo de estúdio do Brasil
Só isso já assustou a gravadora Odeon: o Milton era um artista de prestígio mas não era um grande vendedor de disco,
um disco duplo era um investimento muito alto e um produto caro
E a outra ideia do Milton foi ainda mais impactante: ele queria dividir o disco com um garoto iniciante de 20 anos, completamente desconhecido: Lô Borges
A maior parte da diretoria da Odeon foi contra, mas o Milton ameaçou levar o projeto pra outras gravadoras e acabou recebendo o sinal verde
Eles já tinham a ideia do disco duplo mas ainda não tinham o repertório
Mesmo todos esvaziando as gavetas de músicas inéditas ainda tinha muita coisa pra compor,
e as melodias foram divididas entre os 3 letristas do grupo, Fernando Brant, Marcio Borges e Ronaldo Bastos
"Um dia, foi na casa do Fernando, tinha um grupo, aí teve uma hora que o Bituca falou assim: olha, quem vai conduzir é o Ronaldo.
Eu acho também que ninguém queria fazer essa coisa, então ficou tudo certo"
Ronaldo de uma certa forma assumiu a concepção geral do disco, a ideia era ter um disco conceitual, com unidade,
com princípio meio e fim, e não um apanhado de canções
"O Ronaldo mais ou menos gerenciava e fazia uma regência, falava assim: Olha, essa música aqui não pode ter a palavra amor não, já tem amor demais.
Então tá, tá vetada amor nessa letra"
Para ter tranquilidade para compor e se preparar para a gravação do disco,
Milton saiu do seu apartamento no Jardim Botânico e alugou uma casa grande em Niterói, mais precisamente na praia de Piratininga
Ele foi a Belo Horizonte e falou pro Lô: eu quero dividir um disco com você, metade das músicas minhas e metade suas,
mas você vai precisar se mudar de Belo Horizonte, ir morar comigo no Rio
"Falei com o Bituca à queima roupa, falei pra ele: eu topo ir se eu puder levar o Beto comigo, o Beto Guedes.
Porque eu vou chegar no Rio e os seus amigos todos tocam samba, bossa nova, jazz, não sei o quê, quem vai tocar Beatles comigo? Quem vai?
Preciso dos meus parceiros de linguagem, de leitura, preciso levar o Beto comigo
Milton topou, ele já conhecia o Beto Guedes, e cada um assumiu um quarto no casarão
"Era o maior barato, a gente morava assim, ficava o Bituca num quarto compondo umas músicas e eu no outro quarto compondo outras músicas
e o Beto Guedes igual a um doutor, ele ia de quarto em quarto vendo o que tava acontecendo"
Os moradores oficiais eram Milton, o primo Jacaré, Lô e Beto, mas foram chegando os outros:
Rubinho e Sirlan, de Belo Horizonte, Wagner Tiso, Tavito, Robertinho Silva e Luis Alves, do Rio
E o fotógrafo Cafi aparecia sempre, registrando os encontros, e as fotos ficaram reunidas na parte central do LP
"Um dos caras mais importantes pra mim foi o Cafi, ele era um pensador, um cara impressionante"
Um dia Cafi estava viajando com Ronaldo Bastos pelo interior do estado do Rio, quando, perto de Nova Friburgo, avistaram dois meninos sentados no chão de terra
Ronaldo sugeriu: tira a foto desses dois meninos, e Cafi nem saiu do fusca pra tirar a foto, que acabou sendo a foto da capa do disco
"Achava legal que era meio verde e amarela, e também tinha o negócio do arame farpado passando em cima"
Aliás, a capa é inovadora: É só uma foto, que nem é uma foto dos artistas, e não tem nem o nome do disco e nem dos artistas
O diretor da gravadora Odeon, Milton Miranda, ficou desesperado, e disse que pelo menos na contracapa tinha que ter o nome do disco e dos artistas
"Aí ele me obrigou a fazer esse letreiro. Eles recomendaram a todos os lojistas que a capa seria essa, que apresentasse, botasse nas lojas a capa assim"
E aí nos primeiros quinze dias eu passava na loja e era assim, depois de vinte dias começou a virar"
Mas com o tempo, não muito tempo, a força da foto com os dois meninos pobres e o arame farpado se impôs, era quase um retrato do Brasil da época
Depois de 4 meses de quase confinamento na casa de praia todos entraram no estúdio da Odeon, no centro do Rio
Não houve ensaios prévios: a cada dia uma ou duas músicas eram apresentadas e arranjadas na hora, eram músicos muito competentes e entrosados
A presença do Lô Borges e também do Beto Guedes foi essencial para a sonoridade revolucionária do disco Clube da Esquina
Eles eram ainda muito jovens, mas já eram músicos extraordinários
"Eu me lembro que eu toquei bastante naquele disco, toquei várias coisas, toquei contrabaixo, bateria, guitarra, percussão...
tem 22 faixas, acho que eu toquei em 20, toquei praticamente no disco inteiro"
Lô e Beto rejuvenesceram a música do Milton, a carreira do Milton teve um novo impulso, ele ampliou o seu público com um som mais pop
ao mesmo tempo que o disco deu a ele segurança pra depois partir pra experimentações nos seus discos seguintes, Milagre dos Peixes e Minas
Clube da Esquina está cheio de doses da fase psicodélica dos Beatles e de rock progressivo, e isso misturado com toda a bagagem miltoniana:
jazz, bossa nova, samba, folclore mineiro, e o impulso rítmico único da música de Milton Nascimento
Sem que houvesse um manifesto, uma formulação de príncipios, nada disso, com esse disco se formou um movimento musical
"Sem programa, sem teoria, sem nada, a gente foi virando uma coisa só.
Num determinado momento a gente virou uma coisa só, criou uma estética sem pensar nisso, na realidade foi um pouco isso.
Isso era o que a gente queria, nós éramos jovens e queríamos mudar o mundo" - 1. MELODIA
A melodia de "Nada será como antes" é uma melodia roqueira: é praticamente toda construída em colcheias, e isso é uma característica de melodias de rock
Outro elemento muito presente nessa composição é a antecipação melódica, a melodia quase nunca está no tempo forte
A nota está sempre pendurada no compasso anterior, como se diz,
a nota pendurada é aquela que é tocada antes do tempo forte, e não na cabeça do compasso
Exemplificando:
aqui está o tempo forte
e a melodia pendurada
E continua:
e aí continua com essa melodia pendurada
Tem uma melodia dos Beatles bem conhecida, de Eleanor Rigby, que tem essas mesmas características, toda em colcheias e com notas penduradas. Tempo forte
Nessa música o Milton usa o que é pra mim umas das suas inovações musicais na harmonia, nos acordes,
que é o uso de tríades maiores com baixos invertidos inusitados
São 3 as inversões comuns de baixo: na terça na quinta e na sétima
Por exemplo, em sol maior, o baixo invertido na terça, em si, na quinta o baixo em ré, e na sétima o baixo em fá
Em "Nada será como antes" o Milton parte de uma inversão comum, o sol maior com o ré no baixo,
e mantém o baixo pedal, ou seja, o baixo parado em ré
E vai descendo de meio em meio tom a tríade maior, criando inversões inusitadas, surpreendentes,
a partir de um princípio simples, uma tríade com baixo invertido
Isso pra mim é inventividade, eu considero o Milton um dos maiores inventores da música popular
2. ORQUESTRAÇÃO Eram muitos os músicos talentosos convidados, uns mais experientes, outros chegando ainda mas cheios de gás
Não havia uma divisão clara de quem tocaria o que: normalmente quem estava no estúdio desde cedo ia encontrando o seu lugar no arranjo
"O Milton de manhã falou assim, a música é essa. Aí vê quem tava ali na hora, aí de repente quem acordava cedo tava ali, quem acordava tarde não tava ali.
Então o pessoal que tava ali, então vamos lá, passar a música e tal. Ah, um dava uma ideia aqui, outro dava uma ideia ali, daí a pouco a música tava pronta.
E chegava mais um no finalzinho pegava um badulaque lá, vou tocar percussão nisso"
"Aí aquela musicalidade, o Beto sentava na bateria e tocava uma música, o Lô pegava um violão de corda de aço, o Toninho Horta, e eu aqui,
tinha um órgão Hammond lá maravilhoso, cada hora ia um lá e sentava e tocava"
A ficha técnica dessa faixa no disco está assim: violão: Milton Nascimento, guitarras: Beto Guedes e Tavito,
baixo: Toninho Horta, piano: Wagner Tiso, bateria Robertinho Silva e vocal Lô Borges
Não tem créditos para percussão, mas outras fontes indicam que o Nelson Angelo e o Luiz Alves foram os percussionistas
O Milton chamou o Beto Guedes para fazer com ele a voz principal, praticamente toda a música é cantada com o uníssono dos dois, um timbre diferente
O Beto estava começando a carreira, só viria a gravar um disco solo 5 anos depois, e fazer esse duo com o Milton foi um primeiro impulso
"O Milton me convidou pra fazer uma participação vocal no 'Nada Será Como Antes', que foi uma coisa importante pra mim" - 3. A FORMA DO ARRANJO
"Nada será como antes" é uma música em duas partes, mas sem refrão, nenhuma dessas partes pode ser considerada um refrão
São duas letras, mas não totalmente distintas, dos oito versos só três são diferentes
Mas essas são as partes com letra, porque é comum em algumas músicas do Milton partes instrumentais que fazem parte da composição mas não tem letra
Só pra citar algumas, isso acontece em Cais, toda a parte tocada pelo piano não tem letra, e em Maria Maria, toda a parte em tom menor
Muitas vezes, equivocadamente, pensam que esses instrumentais são arranjo,
mas na cabeça do Milton são partes integrantes da composição, foram compostas assim
A forma desse arranjo, criado coletivamente, é assim: uma introdução de dois compassos da base tocando o primeiro acorde,
a música inteira e vai pra longa parte instrumental
Volta na segunda letra e segue para o instrumental, encerrado com o fade out da música
A música começa com o baixo bem melódico do Toninho Horta
Uma virada na bateria e o piano fazendo acordes marcando o tempo
O vocal faz a base harmônica
A base toca os acordes seguindo o ritmo da melodia, pendurados
Notem a percussão bem solta, quase melódica
Volta o piano marcando o tempo
E o vocal fazendo a base harmônica
Começa o instrumental, e o violão marcando o tempo
O piano faz em oitavas uma melodia descendente
A parte instrumental, com melodia oitavada no piano e um compasso quebrado,
um compasso ternário no meio de compassos quaternários aqui
Um compasso de cinco tempos para a volta do canto
Agora o vocal faz uma segunda voz com a melodia
De novo os acordes marcados no piano e o vocal de base harmônica
Volta a parte instrumental, com o vocal
E depois as frases em oitavas no piano e o compasso quebrado
Atenção para um aviso importante:
estão abertas as inscrições para o meu novo curso online , agora sobre Clube da Esquina
Se você quiser conhecer mais sobre esse movimento musical brasileiro que atingiu o mundo, venha!
O curso vai ser em 3 terças feiras seguidas a partir de 23 de novembro, às 19 horas,
mas se você não puder assistir on line as aulas ficarão disponíveis em um link exclusivo no youtube
Todas as informações em flaviomendes.com
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Muito obrigado, até uma próxima
"Existe uma continuidade e isso eu acho que é a força do Clube da Esquina
Porque o Clube da Esquina, quando se fala, é uma coisa que você, eu sou do Clube da Esquina
Exatamente pela falta daquela coisa de colocar tudo no lugar e fazer um grupo fechado
Não fui eu que pensei nisso, provavelmente ninguém pensou nisso, mas foi a maneira que foi, ampliou
Qualquer pessoa pode ser do Clube da Esquina"