Aumentam abusos e fraude nas compras pela Internet
[Aumentam abusos e fraude nas compras pela Internet].
O confinamento multiplicou as compras através da Internet, proliferando, também, erros e abusos.
No caso de produtos muito procurados, tais como máscaras e líquidos desinfetantes, o cenário é ainda mais preocupante.
As organizações de defesa do consumidor criaram plataformas para reclamações relacionadas com a Covid-19 e já fizeram uma avaliação.
"Desde o início da crise, houve operadores que aproveitaram a ansiedade gerada pela Covid-19 para venderem produtos de baixa qualidade, bem como produtos cuja eficácia não foi comprovada.
Acima de tudo, praticavam preços proibitivos que podem ser descritos como um verdadeiro roubo", (disse Jean-Philippe Ducart, de uma organização de defesa do consumidor na Bélgica).
Os especuladores aproveitam-se da escassez mas, sobretudo, do medo, com as pessoas a aceitarem pagar até sete vezes mais do que o habitual por máscaras.
Muitos destes websites são acessíveis em varios países, e as instituições europeias aumentaram a pressão sobre plataformas digitais para removerem, por exemplo, anúncios falsos.
"As plataformas de compras online e os meios de comunicação foram contactados (contatados) pela Comissão Europeia e estão a implementar, voluntariamente, novos sistemas de combate à fraude.
Na verdade, eles têm a obrigação de fazê-lo e são muito pró-ativos, devo dizer.
Num caso, foi-nos reportado que estão a bloquear mais de um milhão, por dia, dessas tentativas de abuso", (explicou, à euronews, Anna-Michelle Asimakopoulou, eurodeputada grega de centro-direita que pertence à comissão parlamentar de Proteção do Consumidor).
Os preços dos bens básicos também aumentaram. Nos supermercados belgas, por exemplo, houve um aumento, em média, de 6 por cento; sendo que no caso do papel higiénico chegou a ficar 30% mais caro.