BLOCOS ECONÔMICOS | GEOGRAFIA | Mapa Mental | Quer Que Desenhe
Fala, galera! Tudo bem?
Meu nome é Marcos Oliveira,
e faço parte da equipe de Geografia do Descomplica.
No episódio de hoje do Quer que Desenhe?
vamos fazer um "resumão" sobre os blocos econômicos,
um tema muito cobrado nos vestibulares,
principalmente relacionado ao contexto da globalização.
Sendo assim, é importante conhecer os principais blocos econômicos
e algumas de suas características.
Então, fica ligado nesse conteúdo incrível que preparamos para você,
e não esqueça de deixar seu like no vídeo e de se inscrever no canal.
Ah! Também deixamos
o mapa mental em altíssima resolução para download
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Vamos lá?
Os blocos econômicos correspondem a acordos entre os países
com o objetivo de facilitar e incentivar o livre comércio,
derrubando ou reduzindo as diferentes barreiras
que possam dificultar essa fluidez de capitais, bens e pessoas
entre seus membros.
São uma resposta dos países ao processo de globalização,
que amplificou as trocas comerciais.
Entre as vantagens de participar de um bloco econômico,
é possível destacar o aumento da circulação de mercadorias
e dos investimentos.
Mas é importante falar que nem todos os blocos econômicos são iguais.
Do mais simples para o mais complexo,
eles apresentam níveis de integração.
Vamos lá? A Zona de Livre Comércio
é o menor nível de integração.
O seu objetivo é apenas criar uma área
de livre circulação de mercadorias e capitais.
Já a União Aduaneira é um nível mais complexo.
Além de ser uma zona de livre comércio,
possui uma tarifa externa comum, a TEC.
Mas o que isso significa?
Significa que quando os países do bloco negociam com países de fora do bloco,
eles podem cobrar uma mesma taxa,
o que pode ser muito atrativo,
pois negociar com um país é uma coisa,
mas poder negociar com cinco países se torna muito mais vantajoso.
O Mercado Comum apresenta as mesmas características dos anteriores.
Porém, adiciona-se a livre circulação de pessoas,
podendo haver padronização da legislação trabalhista e fiscal.
A União Econômica e Monetária é o estágio de maior integração,
além de possuir uma moeda única
e, consequentemente, a criação de um Banco Central
para direcionar as políticas econômicas do bloco.
Busca também uma unificação legislativa profunda,
superando os limites dos estados.
Agora vamos dar uma olhada nos principais blocos econômicos do mundo.
O NAFTA, North American Free Trade Agreement ,
ou Acordo de Livre Comércio da América do Norte,
é uma zona de livre comércio, assinada em 1992.
O acordo é composto por Canadá, Estados Unidos e México.
Desde sua criação,
as trocas comerciais entre esses países cresceram muito
e uma grande quantidade de produtos já circula livremente sem taxação.
Como o objetivo não é possibilitar a livre circulação de pessoas,
a disparidade socioeconômica é um problema.
Se liga só.
Muitos empregos e indústrias
migraram dos Estados Unidos e Canadá para o México
devido à legislação trabalhista mais flexível.
É daí que surgem as indústrias maquiladoras,
cujo objetivo é apenas montar o produto,
aproveitando a mão de obra mais barata.
Só que grande parte dessas empresas são estadunidenses,
e assim o NAFTA não trouxe avanços
de desenvolvimento tecnológico para o país.
Nesse sentido, a economia mexicana depende muito da americana,
estando sujeita as decisões das empresas e do Governo dos Estados Unidos,
como na crise recente envolvendo o Donald Trump e o bloco econômico.
Por pressão de Trump
e utilizando como barganha a dependência econômica mexicana,
os Estados Unidos forçaram uma reformulação do NAFTA.
Em 2018, esse novo acordo foi finalizado
e passou a ser denominado USMCA,
United States-Mexico-Canada Agreement,
ou Acordo Estados Unidos-México-Canadá, no qual os Estados Unidos
obtiveram maiores vantagens econômicas nessas trocas,
com o objetivo de recuperar empregos estadunidenses.
Agora o Mercado Comum do Sul, ou Mercosul.
Foi criado em 1991 como uma zona de livre comércio,
a partir da assinatura do Tratado de Assunção
por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
No entanto, em 1995,
passou a vigorar uma união aduaneira,
o que se traduziu na instalação de uma tarifa externa comum.
Assim, os produtos e serviços importados pelo Mercosul
de países de fora do bloco pagam as mesmas tarifas.
Isso fortalece o poder de negociação em bloco,
como no acordo Mercosul-União Europeia,
que já vem sendo desenvolvido há bastante tempo
e teve seu documento final publicado em 2019.
Olha, mas ainda não foi aprovado por nenhum dos blocos.
A Venezuela foi o quinto membro desse bloco,
efetivada somente em 2012.
O Paraguai se posicionava contra a participação desse país.
Todavia, após uma crise política no governo de Fernando Lugo,
o Paraguai acabou suspenso.
Assim, Brasil, Argentina e Uruguai aprovaram a entrada da Venezuela.
Devido à ruptura da ordem democrática,
em razão da crise econômica e política vivenciada pela Venezuela,
ela foi suspensa em 2017.
Ah! É importante dizer
que a Bolívia manifestou interesse em entrar no bloco,
formalmente em 2015,
mas ainda falta a efetivação pelos congressos dos países do Mercosul.
O sonho do Mercosul é ser um mercado comum,
porém as disparidades econômicas na região dificultam tal processo.
No geral, Argentina e Brasil são os países mais industrializados do bloco,
sendo a Venezuela e o Paraguai junto com o Brasil e Argentina,
grandes exportadores de produtos agropecuários e minerais.
Até aqui tudo certinho? Ótimo!
Então, além de aprender tudo sobre os blocos econômicos,
deixamos um link na descrição desse Quer Que Desenhe?
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Bem, continuando...
Agora vamos falar da União Europeia.
É um bloco que apresenta o maior nível de integração.
É uma união econômica e monetária.
Nesses termos, o bloco foi formalmente criado em 1992,
a partir do Tratado de Maastricht.
Mas essa história de integração tem um caminho muito mais longo.
Em 1951, foi assinado o tratado
que criou a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, CECA,
que reunia França, Alemanha Ocidental,
Itália, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo.
Estabeleceu-se uma zona de livre circulação de matérias-primas
e mercadorias da indústria siderúrgica,
que tinha como destino a reconstrução desses países afetados
pela Segunda Guerra Mundial.
Porém, vendo as potencialidades desse comércio,
esses mesmos países assinaram, em 1957,
o mais eficiente bloco econômico até então:
a Comunidade Econômica Europeia, CEE,
ou Mercado Comum Europeu, MCE,
inicialmente chamada de Europa dos Seis.
Com o passar dos anos e o sucesso da integração,
mais países ingressaram no bloco.
Na década de 1970, foi a vez do Reino Unido, Irlanda e Dinamarca,
passando a ser denominada a Europa dos Nove.
Na década de 1980,
Grécia, Portugal e Espanha formando a Europa dos 12.
Em 1992, foi assinado o Tratado de Maastricht,
que, formalmente, criou a União Europeia
e definiu uma integração monetária e econômica,
além da cooperação política.
A livre circulação de pessoas foi definida pelo acordo de Schengen
assinado em 1995.
Mais países continuavam a ingressar
e novos tratados eram assinados.
Em 2012, o Euro, moeda única adotada pelos países do bloco,
passou a circular oficialmente.
A Croácia foi o último país a ingressar no bloco em 2013,
formando a Europa dos 28.
Todavia, com a oficialização da saída
do Reino Unido da União Europeia, Brexit, em janeiro de 2020,
hoje o bloco é composto por 27 países.
É importante destacar que existem diferenças
entre os países da União Europeia, por exemplo,
nem todos os países adotam o Euro.
A Dinamarca, por exemplo, preferiu não adotar.
Enquanto outros não podem, devido a questões econômicas.
Quase todos os países da União Europeia fazem parte do espaço Schengen.
Porém, outros ainda estão em processo de adoção.
É um bloco bem complexo.
Esses foram os blocos mais importantes e mais falados.
Porém, existem vários outros blocos econômicos por aí,
como: ASEAN, Associação de Nações do Sudeste Asiático,
criado em 1967.
É uma zona de livre comércio desde 2008
e é composta por Brunei, Camboja, Cingapura, Filipinas,
Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Tailândia e Vietnã.
A CAN, Comunidade Andina de Nações, criada em 1969,
é hoje uma união aduaneira composta por Bolívia, Peru,
Colômbia e Equador.
O Chile e a Venezuela já foram membros desse bloco, mas decidiram sair.
E a Aliança do Pacífico, criada em 2012,
como uma zona de livre comércio.
É composta por México, Chile, Peru,
Colômbia e Costa Rica, que ingressou posteriormente.
Esses foram os blocos mais famosos e falados nos últimos anos,
mas não são os únicos.
Existem diversos outros fóruns e acordos
que tentam formar algum tipo de bloco comercial.
Mas agora você já sabe os níveis de integração
e pode analisar qualquer novo bloco que surgir por aí.
Então, não se esqueça de baixar o mapa mental
com todo esse conteúdo, no link da descrição,
para consultar quando quiser.
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