BIOMAS BRASILEIROS - Parte 1 | GEOGRAFIA | Mapa Mental | Quer Que Desenhe
Fala, queridos! Tudo certinho com vocês?
Eu sou Bruna Cianni, da Equipe de Geografia do Descomplica.
E neste vídeo do Quer Que Desenhe? ,
vamos trazer a Parte 1 de um resumo sobre todos os biomas do Brasil.
Vamos estudar suas principais características,
os fatores que condicionam o surgimento deles,
os principais impactos ambientais e as atividades de cada um.
Então fiquem grudados neste vídeo
e não percam nenhum segundo dele, ok?
Ah! Além de resumir esse tema tão importante,
deixei aqui embaixo o mapa mental do vídeo completinho para download,
no link da descrição.
Recado dado. Vamos ao nosso mapa mental favorito.
Bom, uma boa forma de começar é pelo início, não é?
Afinal, o que é um bioma?
Novamente, pedindo uma licencinha para a biologia.
Biomas são divisões da biosfera em grandes comunidades
adaptadas às condições ambientais específicas.
Fatores como latitude, pluviosidade, temperatura, altitude, tipos de solo
influenciam os tipos de plantas e animais característicos de cada bioma.
Da forma mais simples possível,
os biomas são grandes comunidades da flora e fauna
adaptadas às condições climáticas e ecológicas de determinada região.
No Brasil, são evidentes seis biomas:
Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampas.
Neste vídeo, vamos falar sobre os três primeiros.
A característica de cada um deles está profundamente relacionada a sua localidade
e às características climáticas de cada região.
Mas agora, foca aqui
e vamos ver como nosso território é abastado e abençoado por @Deus,
além de ser riquíssimo em biodiversidade e recursos naturais.
Começando pelo bioma da Amazônia.
Como se sabe,
é a maior floresta equatorial ou tropical úmida do mundo.
O bioma se situa na região Norte do país.
A floresta tem seus limites internacionais,
estando presentes numa extensão maior do que apenas o território brasileiro,
se estendendo por Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela,
Guiana, Guiana Francesa e Suriname.
No Brasil, está nos estados de Amazonas,
Acre, Rondônia, Mato Grosso, Pará, Roraima, Amapá
e parte do Nordeste,
na região de transição, conhecida como Meio-Norte.
A essa região brasileira, damos o nome de Amazônia Legal.
O seu clima é equatorial úmido,
que tem como característica os altos índices de pluviosidade
e temperatura.
A umidade e calor da região amazônica são as duas grandes características
que ajudam a entender uma série de outras questões sobre esse bioma.
A maior bacia hidrográfica do mundo, por exemplo, é a bacia do Rio Amazonas
que, além do rio principal,
possui vários outros afluentes famosos, como o Rio Madeira,
o Xingu, o Negro, Tapajós, Trombeta, dentre tantos outros.
São rios muito caudalosos,
e essa característica levou a eixos de ocupação
guiados pelo transporte fluvial na região.
Essa abundância hidrográfica também se dá em subsuperfície,
nas formações geológicas subterrâneas,
conhecidas como aquíferos.
O Aquífero Alter do Chão, que é o maior reservatório de água doce do planeta,
contém cerca de 86 mil km³ de água.
Já reparou que quando falamos da Amazônia, tudo é o maior do mundo, não é?
Maior floresta, maior bacia hidrográfica, maior reserva de água doce.
Sobre as características da vegetação,
temos uma floresta latifoliada, perenifólia, higrófila
e muito heterogênea e biodiversa.
Muitas árvores de grande porte,
e já falei abundante e biodiversidade, não é?
As árvores transferem muita umidade para a atmosfera,
no que conhecemos como transpiração.
Enquanto os rios têm índices de evaporação.
Por isso diz que a evapotranspiração da Amazônia é muito grande,
alimentando uma massa de ar úmida, chamada MEC -
Massa Equatorial Continental.
Essa massa leva bastante umidade para a América do Sul,
no que ficou conhecido como rios voadores,
pelo alto índice de umidade nessa massa de ar.
Só para se ter uma ideia, a cada dia,
a floresta da bacia amazônica consegue transpirar,
em média, 20 bilhões de toneladas de água para a atmosfera.
São 20 trilhões de litros por dia.
Das atividades sócio-históricas da região,
não podemos esquecer da economia da borracha antes da industrialização
e da Zona Franca de Manaus,
polo industrial, até hoje, muito importante.
Dos impactos ambientais relevantes,
não devemos deixar de destacar o desmatamento, as queimadas
a biopirataria, a expansão da fronteira do agronegócio,
a mineração, o crescimento das hidrelétricas
e os conflitos por terra.
Se quiser saber mais sobre a Amazônia, clique no card aqui em cima,
que tem um QQD específico sobre esse assunto.
Agora vamos descer um "cadinho" e chegar no bioma do Cerrado.
Ele se localiza, sobretudo, no Centro-Oeste,
mas é o único bioma presente em todas as regiões do país.
Seu predomínio no Centro-Oeste
se dá mais especificamente na região do Planalto Central brasileiro.
Ele é a savana mais rica do mundo em biodiversidade.
Sua área contínua incide sobre os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão,
Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal.
E também são encontradas manchas desse bioma
no Amapá, Roraima e Amazonas.
O clima predominante no bioma Cerrado é o tropical sazonal
ou tropical típico, com estações bem definidas:
hora bem chuvosas, hora bem secas.
A amplitude térmica também é alta ao longo de todo o ano.
Já as chuvas se concentram no período de outubro a março,
correspondendo às estações de primavera e verão.
O aspecto da vegetação obedece a esse comportamento climático.
A vegetação, em grande parte, possui um aspecto seco, esparso
e com predomínio arbustivo, com árvores de troncos retorcidos
por conta das queimadas naturais nas estações secas
e ainda quentes pelo clima tropical.
Nas estações chuvosas, com auxílio dos rios voadores,
o regime hidrográfico da região é abastecido, amenizando a secura
e permitindo que o bioma tenha árvores de maior porte também.
Outra característica do bioma são as queimadas naturais
que hoje são agravadas criminalmente pela humanidade.
A fisionomia das árvores de troncos retorcidos
acontece por conta do número de queimadas nos períodos secos, de calor intenso.
O interessante é que o bioma é muito adaptado ao fogo,
possuindo vegetação altamente resiliente.
Uma estratégia adaptativa que as plantas encontraram
foi de manter o caule subterrâneo,
de modo que, depois que o fogo passa,
ela consegue voltar a crescer.
Boa parte da vegetação do Cerrado possui casca grossa, tipo cortiça,
que atua como um protetor térmico.
As queimadas naturais da região podem se originar por raios,
ou, sobretudo, pelos raios do Sol nas rochas de cristal de quartzo,
com o auxílio do vento e extrema seca nas estações de inverno e outono,
produz e impulsiona o surgimento de fogo na área.
O fogo tem um papel fundamental para o Cerrado,
pois no ano após as queimadas,
o local se apresenta muito mais florido do que no ano que não há queima,
uma vez que as cinzas de madeira fertilizam o solo.
Um exemplo disso é que existem espécies no Cerrado
que precisam do fogo para se reproduzir.
São sementes duras que racham nas queimadas
e, depois que o fogo passa, ela brota no solo.
Outro exemplo é a espécie cabelo-de-índio,
que só floresce após as queimadas naturais.
Dessa forma, dos impactos ambientais associados ao bioma,
não podemos deixar de mencionar
o crescente número de queimadas antrópicas,
que têm alterado severamente a capacidade de resiliência
da fauna e flora, deixando um rastro de impactos ambientais,
sobretudo, pelo interesse da expansão agrícola na região.
Áreas de unidades de conservação, por exemplo,
são queimadas, uma vez que o fogo se alastra com facilidade,
abrindo espaço para aumentar as monoculturas do agronegócio
e também da pecuária.
Além das queimadas, há o desmatamento,
também pelo avanço da fronteira agropecuária na região,
substituindo a vegetação por monoculturas de soja,
trigo, milho, entre outras.
Além do desmatamento e das queimadas,
os impactos ambientais que o bioma vive em sua supressão,
são típicos das atividades do agronegócio,
como: aumento do uso de agrotóxicos, que contaminam corpos hídricos;
aumento do uso das reservas hídricas;
e a compressão do solo, pelo uso de máquinas e tratores.
O solo da região é considerado ácido, em sua maioria,
precisando de técnicas agrícolas, como a calagem,
para manter a atividade agrícola.
O agronegócio e suas tecnologias produtivas
são muito presentes nesse bioma.
O relevo de chapadas também deve ser associado.
Agora vamos dar uma viagem e ir para o bioma
que ocupa cerca de 70% do Nordeste.
A Caatinga é um bioma do semiárido, exclusivamente brasileiro.
Dos biomas de semiárido que existem pelo mundo,
é o que conta com maior biodiversidade.
O clima semiárido implica num baixo regime de chuvas,
mas altas temperaturas.
O regime hídrico obedece a característica climática,
com rios intermitentes ou temporários.
Sua vegetação é adaptada à aridez do solo e aos períodos de estiagem.
Ah! O predomínio das xerófitas, espécies da flora
que possuem uma estratégia para lidar com a seca,
como as folhas modificadas em espinhos
para evitar a perda excessiva de água da transpiração.
A seca da região se explica, em parte,
pela atuação de uma célula de alta pressão atmosférica no local,
que impede a entrada de ventos úmidos,
além da concentração de recursos hídricos, do ponto de vista econômico,
realidade presente na região.
Algumas medidas para amenizar a seca
foram a instalação de cisternas por programas do governo federal,
os poços artesianos,
a captação de água da chuva como estratégia mais local,
e também a transposição do Rio São Francisco,
que serviu para expandir a agricultura no local.
Dos impactos ambientais associados à região,
devemos pensar no desmatamento acelerado, sobretudo, para obtenção de lenha
e pela expansão das pastagens e agricultura.
Um bioma estigmatizado pela seca possui pouco investimento
e menos unidades de conservação do que deveria.
As queimadas para a preparação do solo ou para a agricultura
também são frequentes, empobrecendo mais ainda suas qualidades.
Com isso, o fenômeno da desertificação se expande.
A desertificação é a perda gradativa da vegetação em ambientes áridos,
reduzindo ainda mais a pluviosidade e umidade local,
o que gera ambientes desérticos e pouquíssimo biodiversos.
Assim, a extinção de espécies locais e da nossa rica biodiversidade
se vê profundamente ameaçada,
o que também prejudica a qualidade de vida local.
Também temos um vídeo completinho falando sobre a Caatinga
e todas as suas características. É só clicar no card .
Olha, por enquanto é isso, pessoal. Gostaram do vídeo?
Já deixe seu like aqui no vídeo,
comenta aqui embaixo se quiser a Parte 2.
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com todas as aulas, materiais e muitos exercícios
para mandar hiper bem no Enem, beleza?
E lembrando que também tem um link na descrição
para baixar o mapa mental do vídeo completinho.
É isso, pessoal. Muito obrigada
e até a próxima. Tchau!