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Embrulha Pra Viagem, OPERAÇÃO CALDO

OPERAÇÃO CALDO

Aquele... Como é que chama? VICK. Diz que é de época, eu gosto.

Coloca Breaking Bad que também é de época.

Que época?

Ah, não. Quem tá batendo palma?

-Pedinte, nem abre. -Não sei, não.

Tua mãe falou que ia trazer um bolo. Por que ela tá batendo?

Espera, calma!

Calma, calma, calma!

Calma é o caralho.

-Pode pegar carteira, celular... -A chave do carro, pode levar.

Não quero chave do carro nem carteira de você, caralho.

Você sabe o quê eu quero.

Tá, tá bom!

Os dólares tão debaixo do meu colchão, no quarto.

Que dólar o caralho, você sabe o que eu quero.

Tem um quilo e duzentos de maconha no fundo falso do vaso sanitário.

-Você anda fumando maconha? -Só um tapinha de vez em quando.

Onde é que tá? Cadê?

Tem dois quilos de cocaína na dispensa, no forro de gesso.

-Você tá cheirando cocaína? -É um tequinho de vez em quando.

Você não tá entendendo o que eu quero.

Mas a dona tá.

Não tá?

Eu não faço a mínima ideia.

Não? Vou refrescar sua memória.

Nós estamos monitorando a dona tem duas semanas.

-Como assim?! -Pensa que eu não vi?

Você saiu ontem com uma sacola verde reciclável, não saiu?

E depois foi onde?

-Onde foi?! -Eu fui encontrar com o Rubem!

-Você anda me traindo? -Só uma trepadinha de vez em quando.

Chega, chega, chega! Ajoelha, ajoelha!

Vou começar metendo duas balas na cabeça desse corno do caralho!

-Um, dois... -É o feijão!

É o feijão que você quer, não é?

Agora estamos começando a falar a mesma língua.

A senhora viu que nós "viu".

Que a senhora comprou três quilos de feijão ontem, não foi?

Comprei, comprei sim. Mas já distribui pra minha família.

E os sete quilos de Broto Legal, da semana passada?

Vai, vai. Abre, dona, abre!

Poxa vida, moço. Pensa nos nossos filhos, sabe?

Leva um brócolis, que tá catorze reais o maço.

Quer levar uma alface que tá nove e cinquenta o pé?

Nós não "é" cavalo pra comer capim!

Mão na cabeça que a casa caiu, vagabundo!

Graças a Deus, que eficiência!

Nós estávamos atrás dessa quadrilha faz muito tempo.

Esses vagabundos aí movimentaram 200 quilos de feijão.

Isso só no mês passado! Agora acabou, meliante! Acabou!

A senhora por favor me passa as provas do crime.

Não, como assim? Você vai embora com meu feijão?!

Senhora, pra prender os meliantes eu preciso da prova do crime.

Não, de jeito nenhum!

Senhora, eu preciso de 10 quilos de feijão nessa apreensão,

a senhora prefere que eu vasculhe a sua casa,

ache dois quilos de cocaína e leve comigo o traficante?

Obrigada, seu policial.

Polícia federal!

Abaixa a cabeça aí, vagabundo!

Queria agradecer os parceiros pela apreensão.

E dizer que, de agora em diante,

que essa quadrilha é problema de âmbito nacional,

e faz parte da Operação Caldo,

que a gente tá investigando já tem algum tempo.

Por isso eu vou recolher os meliantes e levar a prova do crime.

O senhor me desculpe,

mas essa apreensão foi feita na nossa jurisdição.

Tá ótimo.

Então essa nossa agente aqui vai vasculhar a casa,

se ela, por acaso, encontrar cocaína,

eu vou abrir um inquérito contra nosso amigo da corporação,

por faltar com o exercício da ordem.

Quê você acha?

-Toma o feijão, obrigado. -Força Tarefa do Exército!

O Exército agradece todos os envolvidos,

mas isso se tornou um problema de estado maior.

Agora já era!

Não acredito que você tava traficando cocaína.

Como é que você acha que tava conseguindo comprar feijão?

-Prova do crime. -Não, não.

Espera um pouquinho, companheiro.

Que isso, pessoal do Exército.


OPERAÇÃO CALDO

Aquele... Como é que chama? VICK. Diz que é de época, eu gosto.

Coloca Breaking Bad que também é de época.

Que época?

Ah, não. Quem tá batendo palma?

-Pedinte, nem abre. -Não sei, não.

Tua mãe falou que ia trazer um bolo. Por que ela tá batendo?

Espera, calma!

Calma, calma, calma!

Calma é o caralho.

-Pode pegar carteira, celular... -A chave do carro, pode levar.

Não quero chave do carro nem carteira de você, caralho.

Você sabe o quê eu quero.

Tá, tá bom!

Os dólares tão debaixo do meu colchão, no quarto.

Que dólar o caralho, você sabe o que eu quero.

Tem um quilo e duzentos de maconha no fundo falso do vaso sanitário.

-Você anda fumando maconha? -Só um tapinha de vez em quando.

Onde é que tá? Cadê?

Tem dois quilos de cocaína na dispensa, no forro de gesso.

-Você tá cheirando cocaína? -É um tequinho de vez em quando.

Você não tá entendendo o que eu quero.

Mas a dona tá.

Não tá?

Eu não faço a mínima ideia.

Não? Vou refrescar sua memória.

Nós estamos monitorando a dona tem duas semanas.

-Como assim?! -Pensa que eu não vi?

Você saiu ontem com uma sacola verde reciclável, não saiu?

E depois foi onde?

-Onde foi?! -Eu fui encontrar com o Rubem!

-Você anda me traindo? -Só uma trepadinha de vez em quando.

Chega, chega, chega! Ajoelha, ajoelha!

Vou começar metendo duas balas na cabeça desse corno do caralho!

-Um, dois... -É o feijão!

É o feijão que você quer, não é?

Agora estamos começando a falar a mesma língua.

A senhora viu que nós "viu".

Que a senhora comprou três quilos de feijão ontem, não foi?

Comprei, comprei sim. Mas já distribui pra minha família.

E os sete quilos de Broto Legal, da semana passada?

Vai, vai. Abre, dona, abre!

Poxa vida, moço. Pensa nos nossos filhos, sabe?

Leva um brócolis, que tá catorze reais o maço.

Quer levar uma alface que tá nove e cinquenta o pé?

Nós não "é" cavalo pra comer capim!

Mão na cabeça que a casa caiu, vagabundo!

Graças a Deus, que eficiência!

Nós estávamos atrás dessa quadrilha faz muito tempo.

Esses vagabundos aí movimentaram 200 quilos de feijão.

Isso só no mês passado! Agora acabou, meliante! Acabou!

A senhora por favor me passa as provas do crime.

Não, como assim? Você vai embora com meu feijão?!

Senhora, pra prender os meliantes eu preciso da prova do crime.

Não, de jeito nenhum!

Senhora, eu preciso de 10 quilos de feijão nessa apreensão,

a senhora prefere que eu vasculhe a sua casa,

ache dois quilos de cocaína e leve comigo o traficante?

Obrigada, seu policial.

Polícia federal!

Abaixa a cabeça aí, vagabundo!

Queria agradecer os parceiros pela apreensão.

E dizer que, de agora em diante,

que essa quadrilha é problema de âmbito nacional,

e faz parte da Operação Caldo,

que a gente tá investigando já tem algum tempo.

Por isso eu vou recolher os meliantes e levar a prova do crime.

O senhor me desculpe,

mas essa apreensão foi feita na nossa jurisdição.

Tá ótimo.

Então essa nossa agente aqui vai vasculhar a casa,

se ela, por acaso, encontrar cocaína,

eu vou abrir um inquérito contra nosso amigo da corporação,

por faltar com o exercício da ordem.

Quê você acha?

-Toma o feijão, obrigado. -Força Tarefa do Exército!

O Exército agradece todos os envolvidos,

mas isso se tornou um problema de estado maior.

Agora já era!

Não acredito que você tava traficando cocaína.

Como é que você acha que tava conseguindo comprar feijão?

-Prova do crime. -Não, não.

Espera um pouquinho, companheiro.

Que isso, pessoal do Exército.